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11 de ago. de 2017


O que é Poema:
Poema é uma obra literária que pertence ao gênero da poesia, e cuja apresentação pode surgir em forma de versos, estrofes ou prosa, com a finalidade de manifestar sentimento e emoção.
Um poema possui extensão variável e ao longo do texto expõe temas variados em que há enredo e ação, escritos através de uma linguagem que emociona e sensibiliza o leitor.
O texto poético tem uma forte relação com a música, a arte e a beleza. A poesia presente no texto é a componente que distingue o poema. Existem vários poemas que foram convertidos em canções, porque foi acrescentada música.
Geralmente se apresenta em forma de versos e estrofes com rima e ritmo. A prosa poética tem o caráter de poesia devido ao efeito emocional provocado pela linguagem.
A palavra "poema" deriva do verbo grego "poein" que significa "fazer, criar, compor". A literatura grega teve grande importância nas composições literárias de várias épocas e culturas.
Na Grécia Antiga, todas as produções literárias - os gêneros épico, lírico e dramático - eram consideradas poemas. Os poemas de Homero presente nas obras Ilíada e Odisseia são considerados os primeiros grandes textos épicos ocidentais.
O poema lírico, que era assim designado por ser cantado ao som da lira (instrumento musical), originou o gênero de arte que hoje se entende como lírico.
Os poemas dramáticos eram escritos em forma de verso para serem encenados.
No Brasil, alguns dos poetas ou poetisas mais famosos são Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, etc. Também com poemas em português, Fernando Pessoa é um dos poetas mais reconhecidos em todo o mundo.

O que é Verso:

Verso é o ablativo do termo Latim “versus, a, um” que significa “voltado, virado”. A palavra “verso” designa o lado contrário, a página oposta à da frente ou a face interior das folhas das plantas.
Em um poema, o verso corresponde a cada uma das linhas que o constituem. É o elemento que define a poesia, por oposição à prosa. Um conjunto de versos com sentido completo chama-se “estrofe”.
Os versos dão ritmo, melodia e métrica a uma poesia. Eles podem ser medidos através de técnicas de metrificação e classificados quanto ao número de sílabas métricas (ou sílabas poéticas). As sílabas métricas são diferentes das sílabas gramaticais.
Em português, a tonicidade das palavras determina o número de sílabas métricas. A contagem dos sons dos versos vai até a última sílaba tônica de cada verso. Exemplo de versos de 7 sílabas (heptassílabo ou Redondilha maior):
Na/que/la/ nu/vem/ na/que/la
Man/do/-te/ meu/ pen/sa/men/to
Que/ Deu/s se o/cu/pe/ do/ ven/to
(Poema do Amor Perfeito - Cecília Meireles)
Os versos tradicionais (regulares) podem variar entre 1 a 12 ou mais sílabas métricas, obtendo a classificação seguinte: monossílabo (uma sílaba), dissílabo (duas sílabas), ..., dodecassílabo (12 sílabas, também chamados de Versos Alexandrinos).
Os versos com mais de 12 sílabas são designados "Versos Bárbaros".
Versos livres (irregulares) são aqueles que não possuem o mesmo número de sílabas no poema, que não seguem uma restrição métrica.

Chamamos de sílabas métricas ou sílabas poéticas cada uma das sílabas que compõem os versos de um poema. As sílabas de um poema não são contadas da mesma maneira que contamos as sílabas gramaticais. A contagem delas ocorre auditivamente. Quando fazemos isso, dizemos que estamos escandindo os versos. A partir dessa escansão é que podemos classificá-los.
Para contarmos corretamente as sílabas poéticas, devemos seguir os seguintes preceitos:
1.     Não contamos as sílabas poéticas que estão após a última sílaba tônica do verso.
2.     Ditongos têm valor de uma só sílaba poética.
3.     Duas ou mais vogais, átonas ou até mesmo tônicas, podem fundir-se entre uma palavra e outra, formando uma só sílaba poética.



Observe a escansão dos versos de um trecho do poema “A língua do nhem”, de Cecília Meireles.


Junção das vogais   Sílaba tônica
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/06/silaba-poetica2.jpg


No verso tradicional a quantidade de sílabas (a métrica) do poema é fixa: eles terão de uma a doze sílabas. No verso moderno, porém, a métrica é livre, ou seja, cada verso poderá conter o número de sílabas que o poeta achar conveniente.

Por essa razão, o ritmo também é apresentado de maneira livre, de acordo com o desejo do autor.
Referências:
MESQUITA, Roberto Melo. Gramática da Língua Portuguesa. 8 ed. São Paulo
, Saraiva, 2005, p. 578-9.



Embora a palavra "poesia" seja frequentemente utilizada para designar poema, em linguagem literária, poesia e poema não são a mesma coisa. O poema é o texto formalizado em versos, estrofes, com certos recursos da linguagem poética: ritmo, métrica, sonoridades, figuras de estilo. Já a poesia é um conteúdo poético que podemos encontrar no poema, mas também em narrativas literárias (conto, romance, novela), crônicas e até em obras de arte que não utilizam a palavra: num quadro, numa fotografia, por exemplo. É a linguagem poética encontrada nessas obras que pode ser chamada de poesia. Digamos, portanto, que o poema, além da linguagem poética (poesia) deve apresentar uma forma (versos organizados em estrofes etc.). E a poesia é mais uma questão de conteúdo, presente em certas obras de arte, literárias ou não.

1 de mar. de 2012

LIVROS LITERÁRIOS /VESTIBULAR UFG 2012


RELAÇÃO DAS OBRAS LITERÁRIAS INDICADAS PARA OS
PROCESSOS SELETIVOS 2012-1 E 2012-2
1) ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. Diversas
Editoras.
2) ARAÚJO, Luís. Minigrafias. Cânone editorial.
3) DIAS, Gonçalves. I-Juca Pirama. L&PM.
4) GALERA, Daniel. Mãos de cavalo. Cia das Letras.
5) MARTINS, Alberto. Uma noite em cinco atos. Editora 34.
6) RUBIÃO, Murilo. Obra completa. Cia das Letras.

Verifique se as obras aqui indicadas encontram-se disponíveis na Biblioteca Digital de
Domínio Público -  www.dominiopublico.gov.br
A Banca de Língua Portuguesa da UFG utilizará, na elaboração das provas para os Processos Seletivos, a publicação mais recente dos livros das editoras indicadas. (fonte:http://www.ufg.br/)

23 de mai. de 2011

THE POWER OF NOW - O Poder do Agora (Legendado em português)

Neuromancer, clássico da literatura que deu origem à Matrix, vai virar filme [Adaptação do livro cyberpunk vêm sendo cogitada há anos.]


Parece que “Neuromancer“, clássico da literatura cyberpunk, finalmente vai chegar às telonas. A produtora Seven Arts Pictures anunciou hoje que já deu início à pré-produção do longa, que será dirigido por Vincenzo Natali (“Splice – A Nova Espécie“), diretor já experiente na área de ficção-científica. Para quem não conhece, Neuromancer foi uma das maiores inspirações dos irmãos Wachowski durante o processo de criação de “Matrix“, obra-prima da ficção-científica lançado em 1999 que revolucionou as técnicas de efeitos especiais.

O livro conta a história de Henry Case, hacker (ou “cowboy”, como eles são chamados no livro) que comete o erro de tentar roubar seus patrões e é proibido se conectar à Matrix, rede virtual coletiva que forma o ciberespaço. Case se torna um pária, vagando pelas ruas em busca de um jeito de voltar à Matrix. Um dia ele conhece Molly, mercenária à serviço de um ex-militar chamado Armitage, que oferece ao cowboy um emprego e uma chance de recuperar seu passe de entrada para a Matrix.

Neuromancer foi escrito pelo norte-americano William Gibson e lançado em 1984. Foi através deste livro que se popularizou o termo “ciberespaço”, cunhado alguns anos antes pelo próprio Gibson em um de seus contos. É o primeiro de uma trilogia, conhecida como “Trilogia Sprawl”, que foi publicada no Brasil pela editora Aleph. A obra é considerada a base da literatura cyberpunk e, apesar de não ser muito conhecida entre o público em geral, tem status cult entre os críticos e a cultura underground. Foi o primeiro romance a vencer a “tríplice coroa” dos prêmios de ficção-científica – os prêmios Nebula, Hugo e Philip K. Dick. O livro também previu a popularização de programas no formato “reality-show” e conceitualizou aquilo que hoje é a World Wide Web (rede mundial de computadores, ou internet).

Natali comentou ano passado sobre sua visão de Neuromancer, logo após seu anuncio como diretor:
“O filme ’Splice’ é sobre evoluir nossos corpos. Neuromancer é sobre evoluir nossas mentes, e como nós vamos nos fundir e interagir com as consciências mecânicas no futuro. O que eu também acho que é inevitável, e eu não penso que (o filme) ‘Matrix’ começa ou ao menos tenta chegar nesse território (de discussão). De fato, em alguns aspectos ‘Matrix’ é como um livro de Philip K. Dick, na verdade é sobre o que é real. E Neuromancer flerta com isso, mas eu acho que é mais sobre a nossa evolução. E também tem um tom mais realístico. ‘Matrix’, que eu gostei muito, é um filme que é muito baseado numa realidade de histórias em quadrinhos, e meio que tem um ‘sabor’ desse mundo. Enquanto que minha abordagem de Neuromancer vai procurar tratá-lo com mais realismo.”

Um filme vêm sendo planejado há anos, mas nunca saiu do papel. Inicialmente, o responsável pelo projeto era o diretor Joseph Kahn (“Fúria Sobre Duas Rodas“), mas o filme não andou e Kahn foi substituído por Natali no ano passado. Segundo o site
Ain’t It Cool News, o filme foi negociado durante essa semana no Festival de Cannes e já têm garantidos seus direitos de distribuição. Kate Hoffman, chefe de operações da Seven Arts Pictures, o filme será uma produção de parceria entre EUA e Canadá e terá suas principais locações em Tóquio, Istambul, Londres e Canadá. Hoffman também confirmou que a equipe de efeitos visuais já começou a trabalhar e as filmagens devem começar na primeira metade de 2012. Aliás, uma das grandes preocupações é justamente com o visual do filme já que, ao contrário da maioria dos romances, em Neuromancer nada é detalhado e Gibson deixa praticamente todos os cenários à cargo da imaginação do leitor.
Fonte: http://cinemacomrapadura.com.br/noticias/204982/neuromancer-classico-da-literatura-que-deu-origem-a-matrix-vai-virar-filme/
Por: Kissila Machado

 

16 de abr. de 2011

Uma noite em cinco atos, de Alberto Martins



       Alberto Martins, poeta, artista plástico e ensaísta, exercita-se desde sempre no difícil diálogo entre a impulsão poética, arrebatadora, e a tomada de pulso da matéria, gravitacional: navegação com expectativa de cais. Estreando aqui como autor de peça teatral, suas personagens são três grandes poetas brasileiros que encenam, num palco a um tempo íntimo e aberto, uma ampla interrogação sobre a poesia, a cidade de São Paulo, a vida moderna.
     Épocas distintas se verticalizam no presente do nosso século, tornado comum a Álvares de Azevedo (1831-1852), Mário de Andrade (1893-1945) e José Paulo Paes (1926-1998). Contemporâneos todos, quebremos também as paredes dos sonhos e reconheçamos as "tarefas inconclusas" que sempre couberam aos poetas, sobretudo os que fazem crer que a mais alta beleza é indício de ainda mais altas necessidades. Sim, a perspectiva do autor é romântica: o lirismo machucado e reflexivo, os jogos do humor e a acidez da paródia são recursos que, em vez de minarem, acentuam a necessidade de ouvir poetas conversando entre si, unidos não pela morte, mas pela vida nova de um espaço/tempo em que Zé Paulo pode dizer a Álvares: "aqui você é que é novo e eu sou o velho". Um desafio para ambos (e também para Mário de Andrade, que ao diálogo entre eles vem juntar a companhia de um pesado e misterioso silêncio) é compreender São Paulo, a quarta personagem, cujos espaços se abrem tanto aos dejetos industriais como à mais sofisticada instrumentação tecnológica. Mas a questão de fundo é ponderar a poesia. "Será um exagero dizer que falo em nome de muitos?" — pergunta Zé Paulo ao poeta adolescente.
      De fato, o que cabe à poesia em tempos de lirismo acuado nas trincheiras? "Trincheiras são muito parecidas com covas", amarga Álvares de Azevedo, ao que Zé Paulo rebaterá: "A sua tarefa ficou inconclusa", acrescentando que também a de Mário de Andrade não se concluiu. Esta peça quer alargar tal questão, não para "concluir a tarefa", obviamente, mas para avivá-la dentro de nós. É preciso escavar "alguma dor não contaminada", continua Zé Paulo. Que é uma dor não contaminada senão o ganho de um novo impulso poético, sem os vícios do maneirismo estético ou da deformação ideológica? É aqui que entra o poeta Alberto Martins, arriscando, "buscando a dose certa" (fala de Zé Paulo) para uma química entre limites e aspirações. Seus três personagens dão corpo à Poesia mesma, cuja ressurreição não se opera sem corrosão irônica no território de uma paulicéia exuberante e degradada - por isso mesmo tão incitantemente poética.
     Dentro dessa noite paulistana, a um tempo geográfica e cósmica, as personagens não são fantasmagorias: dão corpo às tensões agudas que entrelaçam sentimento e história, corpo e imaginação. A certa altura Álvares de Azevedo diz a Zé Paulo que desconfia não estar preparado para ouvir a "sinfonia do século" (representada num turbilhão de ruídos urbanos em altíssimo volume). E nós, estamos? Para interrogar o curso da modernidade em perspectiva lírica, bem como para aferir o sentido do poético no tempo atual, Alberto Martins faz caminhar três poetas queridos seus, numa cidade afetivamente sua, enfrentando questões que não são apenas suas.   /Por Alcides Villaça/ http://www.editora.ufg.br/sugestao-de-leitura/uma-noite-em-cinco-atos

Sobre o autor      Nasceu em Santos, em 1958. Formado em letras na Universidade de São Paulo, em 1981 iniciou sua prática de gravura na ECA-USP. Em 1985, obteve uma bolsa de artes para o Pratt Graphics Center, de Nova York, passando então a se dedicar à xilogravura e, mais tarde, à escultura. De 1990 a 1998 foi um dos orientadores do ateliê de gravura do museu Lasar Segall.
Como escritor publicou, entre outros, Poemas (1990); Goeldi: história de horizonte (1995), que recebeu o prêmio Jabuti; A floresta e o estrangeiro (2000); Cais (2002); A história dos ossos (2005), distinguido com o Prêmio Telecom de Literatura; A história de Biruta (2008).


26 de mar. de 2011

OBRAS LITERÁRIAS - UFG/2012

RELAÇÃO DAS OBRAS LITERÁRIAS INDICADAS PARA OS PROCESSOS SELETIVOS 2012-1 E 2012-2 -  UFG/GO

1. ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. Diversas Editoras.
 
2. ARAÚJO, Luís. Minigrafias.Cânone editorial.

3. DIAS, Gonçalves. I-Juca Pirama. L&PM.
4. GALERA, Daniel. Mãos de cavalo. Cia das Letras.
 
5. MARTINS, Alberto. Uma noite em cinco atos. Editora 34.
 
6. RUBIÃO, Murilo. Obra completa. Cia das Letras.

Verifique se as obras aqui indicadas encontram-se disponíveis na
Biblioteca Digital de Domínio Público -
www.dominiopublico.gov.br 
 
A Banca de Língua Portuguesa da UFG utilizará, na elaboração das provas para os Processos Seletivos, a publicação mais recente dos livros das editoras indicadas.
 
Fonte:http://www.vestibular.ufg.br/2011/ps2011-2/obras_literarias2012-1/LIVROS_PS2012-1.pdf

17 de jan. de 2011

100 Anos de vírgula...



Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI

(Associação Brasileira de Imprensa).
                                      Vírgula pode ser uma pausa...
ou não.

Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais: COLOQUE A VÍRGULA NESTA AFIRMAÇÃO.

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.



* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...

* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

9 de dez. de 2010

Ditos populares ...

No popular se diz:
'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro'
Correto:

'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro'


No popular se diz:
 
Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.'
Enquanto o correto é:

' Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.'
 

No popular se diz:
'Cor de burro quando foge.'
O correto é:

'Corro de burro quando foge!'


Outro que no popular todo mundo erra:

'Quem tem boca vai a Roma.'
O correto é:

'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar)..


Outro 

'Cuspido e escarrado' - quando alguém quer dizer que é muito parecido com
 outra pessoa.
O correto é
:
'Esculpido em Carrara .' ( Carrara é um tipo de mármore)
 mais um famoso... 'Quem não tem cão, caça com gato.'
O correto é:
'Quem não tem cão, caça como gato... ou seja, sozinho!'

Vai dizer que você falava corretamente algum desses?
 

10 de nov. de 2010

Resumo de "DEMÔNIO FAMILIAR" de José de Alencar

    Henriqueta era filha de Vasconcelos e estava apaixonada por Eduardo. No entanto, esse, há algum tempo, a tratava com indiferença e até mesmo desprezo. Ela era a melhor amiga de Carlotinha, irmã dele. Carlotinha enxergava o amor da amiga e dizia que o irmão não estava com raiva, mas que também o nutria o mesmo sentimento por ela.
   As duas tinham essa conversa no quarto de Eduardo, e Henriqueta até citou a janela do quarto como prova da indiferença, uma vez que antes eles fingiam não se ver pelas janelas e já agora ela mantinha a janela sempre fechada. Em meio a essa conversa Eduardo chegou e então Henriqueta foi embora, afinal estava no quarto de um moço solteiro. Eduardo apenas entrou perguntando por Pedro, seu escravo particular, e logo que esse chegou lhe fez as recomendações necessárias e foi embora.
   Pedro ficou sozinho com Carlotinha e começou a falar de Alfredo, um rapaz que estava interessado nela. Exaltou suas qualidades, inventou que ele era rico, e já imaginava Carlotinha casada e convidando ele para ser seu chofer. Mas a menina fazia pouco caso, e não queria nem mesmo receber a carta. Sendo assim, Pedro a colocou escondida no bolso dela.
   Depois disso Pedro foi falar com o irmão mais novo da casa, e contou como ele mandava versos bonitos para uma viúva rica que morava na casa da frente e mandou um verso maldoso para Henriqueta, tudo em nome de Eduardo, porque assim ele se arranjava com a mulher rica e não com a pobre.
   Em seguida Alfredo veio ter com Pedro e lhe perguntou da resposta que Carlotinha havia dado a carta, mas ele contou uma história de que moça quando recebe carta a relê muitas vezes, analisa e depois que manda a resposta. Nesse momento ela chega e Pedro aconselha Alfredo a sair sem dizer nada, o que causa má impressão nela. Depois ela perguntou por que colocou aquela carta no bolso dela. Disse ainda que precisou mentir para a mãe, que por pouco não percebeu que ela tinha consigo uma carta de namoro.
   Mais tarde, Eduardo chegou acompanhado de Azevedo, um amigo, e Pedro estava com eles também, no quarto do senhor. Azevedo acabava de voltar de Paris, e em toda a frase usava o francês junto ao português. Azevedo falava como a França era maravilhosa e como todos deveriam ir conhecer tais ares. Falava como era desenvolvida e como foi com a alma de um jovem e voltou como um velho saciado. Sendo assim, agora se lançaria na carreira pública e se casaria.
   Falou ainda que ia se casar com Henriqueta, que não era rico o suficiente para se casar com moça pobre e que também não estava apaixonado, mas que se casar com uma mulher bonita faria bem para sua carreira, uma vez que ela atrairia olhares de homens importantes de quem ele se tornaria amigo para sua escalada social.
   Quando ele foi embora, Pedro, que já tinha saído do aposento, foi chamá-lo para jantar. Ele não queria e Pedro disse à Carlotinha, que também tinha aparecido, que ela não queria comer porque Henriqueta ia se casar. E Eduardo justificava o casamento por interesse financeiro da parte dela. Carlotinha, que sabia de toda história, estava decidida a mostrar aos dois que sofriam uma confusão, uma vez que se amavam. Combinou de contar tudo ao irmão depois do jantar, quando a mãe deles, D. Maria, não atrapalhasse mais.
Carlotinha então contou que Henriqueta ficou magoada porque recebeu uns versos dele zombando-a, e que desde então ele mantinha a janela fechada, e que naquele dia ela tinha ido lá a fim de ver se ele a tratava com menos indiferença, para assim alimentar suas esperanças e ela negar o casamento. E como assim ele não fez, ela confirmou nessa tarde o casamento com Azevedo.
   Por isso Eduardo chamou Pedro e pediu uma explicação, o negrinho explicou que trocava os versos para ele fazer um casamento lucrativo e, assim, ele poderia ser chofer. Eduardo só riu.
   Quando Pedro e Carlotinha ficaram sozinhos novamente, ele falou que ia consertar aquela situação e convenceu a sinhazinha de mandar uma flor para Alfredo, porque assim alimentava o amor dele.
   Depois dessa, Carlotinha escreveu à Henriqueta para que fosse à noite visitá-la e ver que Eduardo a amava. Quando ele veio perguntar se ela tinha mandado a carta, Carlotinha aproveitou para confessar a gravíssima falta que cometeu. Enviar uma flor a um rapaz.
   Com isso Eduardo se lembrou do cargo de chefe de família que carregava e de como ele era responsável pela honra da família. Então, tranquilizou a irmã e disse que a culpa era só dele. Em seguida chegaram Henriqueta, Vasconcelos e Azevedo.
   Azevedo logo se encantou pelo jeito de Carlotinha e prestou toda atenção na moça, que fazia do ambiente muito agradável. Henriqueta estava calada e triste, já que Eduardo não trocara palavra com ela. Na verdade ele estava conversando com Alfredo. Ao confirmar que os sentimentos dele em relação à Carlotinha eram sérios, propôs que passasse a frequentar a casa para que assim a honra não fosse manchada por erros que são cometidos quando se faz as coisas escondidos.
  Pedro também tratava de organizar as coisas. Inventou para Azevedo que Vasconcelos estava falando para toda a rua do ouvidor que ia casar a filha com moço rico e assim pagaria o que devia aos comerciantes dali, falou também que Henriqueta era uma moça muito feia. Que tudo na verdade era efeito de maquiagens, espartilhos e muito pano. A contrapartida exaltou os valores de Carlotinha, e quando foi perguntado se ela gostava de algum moço, disse que não. Que gostava de homens sérios como Azevedo e que esse rapaz, Alfredo, não tinha chances.
   Nessa hora já estavam começando as despedidas. E Henriqueta estava triste quando Carlotinha veio ter com ela. Porém, finalmente Eduardo veio falar-lhe. Dizia que estava organizando as coisas para a irmã, e que essa provavelmente ia lhe contar do que se tratava. Depois se desculpou pela confusão dos versos, e se declararam. E assim ficaram decididos a lutar por seu amor.
   Noutro dia, estava Henriqueta na casa de Carlotinha e essa perguntava a Pedro, sobre Alfredo, que desconversava. Mais tarde, quando Eduardo chegou, ele e Henriqueta conversaram. Ele falava que tinha encontrado um jeito de por fim ao futuro casamento dela. E ela queria saber como, mas Eduardo insistia que a ajuda que precisava dela era apenas o apoio do amor.
   Seu plano na verdade consistia em pagar a dívida de poucos reis do pai dela, e assim o dinheiro de Azevedo não seria preciso. Com isso, o pai da moça aceitaria romper o noivado. Eduardo foi resolver esses negócios e Carlotinha e Henriqueta ficaram conversando. Ela disse que estava magoada com a amiga por não ter lhe contado os segredos de seu coração. E assim finalmente Carlotinha cedeu que estava apaixonada por Alfredo, e que ele há alguns dias não aparecia e estava zangado, tendo como única justificativa o momento em que ela o deixou para escrever a carta à amiga, e que ele até a viu a entregando a Pedro.
   Nessa conversa, Henriqueta lhe perguntou por que a carta da amiga chegou pela mão de Azevedo, e ela não entendendo chamou Pedro. Este disse que se encontrou com Azevedo na rua. Como era para a noiva dele não viu mal em mandar a carta. Nesse tempo chegou Azevedo que cumprimentou as moças, e depois foi ter com Pedro. Afinal, ele falava que Carlotinha gostava dele, mas ela o tratava com frieza. Ao que ele respondeu que era natural, uma vez que ele era noivo. E assim Azevedo decidiu romper o noivado, indo ter com Vasconcelos.
   Depois disso, Pedro contou a Jorge como Henriqueta e Eduardo iriam se casar, Azevedo e Carlotinha também, e D. Maria e Vasconcelos. Quando contava, Vasconcelos chegou e Pedro começou a falar que o futuro genro dele esteve por lá a falar mal dele. Nesse momento, Alfredo chegou para falar com Eduardo, e Vasconcelos foi atrás de Azevedo que tinha saído a pouco dali.
   Estando Pedro e Alfredo sozinhos. Ele começou a reafirmar a ideia de que Carlotinha estava interessada em Azevedo, quando finalmente chegam, à presença de Carlotinha, Henriqueta e Eduardo. Ali elas tentam chamar a atenção dele e achar uma justificativa pra seu novo tratamento indiferente com Carlotinha. Finalmente quando estavam sozinhos, Alfredo falou que vinha interessado em pedir a mão da irmã dele em casamento, mas teve prova que ela não o amava.
   Carlotinha que ouvia tudo entrou junto de Henriqueta desejando ter essa prova de que não o amava. Alfredo negou-se a dar, mas enfim falou que ela mandara uma carta a Azevedo, e que vira tudo. Carlotinha passou a negar o fato, e nesse instante Azevedo chega também, contando como rompeu o noivado, e Carlotinha se aproveita para fazê-lo falar que nunca recebeu carta alguma dela, o que eu ele confirma dizendo que caso tivesse recebido vinha declarar-lhe seu amor. Carlotinha o destrata e tenta convencer Alfredo que ama a ele.
   D. Maria também aparece e quer saber o que está acontecendo e porque estão todos tão frios. E por fim Vasconcelos também chega contando das calúnias que ouviu de Azevedo e que tudo nascera naquela casa, logo eles deviam retirar sua convivência dali.
   Todos estando chateados e feridos, se lamentam, porém quando Pedro lamenta por si próprio, Vasconcelos e Azevedo o indicam como quem pode esclarecer tudo. Mas antes que ele fale, Eduardo declara que a culpa é da sociedade brasileira, e conta como cada família tem seu demônio familiar que muitas vezes age para criar discórdias dentro das famílias.
   Logo Pedro confirma que todas as histórias foram inventadas por ele para que Azevedo deixasse Henriqueta e ela pudesse ficar com Eduardo, e Carlotinha com o ex-noivo da amiga.
   Eduardo não se zanga com Pedro, mas o castiga dando a liberdade para ele e fechando a porta de sua casa para tal. Eduardo ainda diz que a dívida que Vasconcelos tinha com Azevedo estava quitada e ficaria como o dote de Henriqueta. Carlotinha, incentivada por ele, perdoa Alfredo e assim Eduardo declara que agora cabia à família vigiar para que o demônio familiar não atuasse novamente.
Por Rebeca Cabral

4 de nov. de 2010

LEITURA E COMPRENSÃO DE TEXTOS

      Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta aos pontos básicos:
      I - Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa pergunta, o leitor será obrigado a distinguir as questões secundárias da principal, isto e, aquela em torno da qual gira o texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está tratando, ou sabe apenas de maneira genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou de que o leitor não tem repertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos.
      II - Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados pelo texto, aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, uma leitura competente não terá dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de leitura desatenta e dispersiva.
      III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada? Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de que ele está falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do autor é também um sintoma de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das idéias. Na verdade, entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argumentativo.
      Francisco Platão Savioli é Professor e Autor de Português do Anglo Vestibulares e também Professor Assistente Doutor de Língua Portuguesa, Redação e Expressão Oral do Departamento de Comunicações e Artes da ECA-USP.

21 de mai. de 2010

O Demônio Familiar, de José de Alencar

Escrita em 1857, é considerada uma das melhores peças teatrais de José de Alencar, que a escreveu em sua mocidade. O Demônio Familiar é uma comédia em quatro atos, de costumes leve, uma peça que não oferece grandes dificuldades.                 É a história de um escravo que quer casar os patrões com parceiros mais abonados e acaba sendo o capeta da trama. O castigo que ele recebe é a alforria. Fica a idéia de que o negro tem de ser tutelado. Vale lembrar que o autor era um aristocrata rural. O romantismo das personagens, a superficialidade delas, provêm do enredo tecido em torno de uma situação inverossímil e cômica. As personagens, femininas e masculinas se enredam facilmente com as peripécias provocadas pelo criado Pedro. Tudo porque Pedro queria ser cocheiro. Para ele, que era escravo, ser cocheiro era adquirir promoção social. E o autor criava situações que somente numa peça cômica, estilo farsa, poderiam aparecer.
Alencar, influenciado pelos gracejos literários do teatro de comédia italiano, pela influência da dramaturgia de Alexandre Dumas, e pelas personagens dramatizadas da peça O Casamento de Olímpia, do francês Émile Augier, fez surgir a comédia com a personagem central dramatizada romanticamente representada por Pedro, O Demônio Familiar
Os eventos da sala de jantar da dramaturgia romântica alencariana, da peça O Demônio Familiar, ocorreram em meados do século XIX, tempo escravocrata. Era totalmente improvável que um criado, mesmo de nome Pedro, fosse tratado com modos tão corteses, por pequenos burgueses que, para justificarem a ascendência social, tinham de mostrá-la com uma suposta superioridade no tratar seus subordinados com a severidade característica dessa classe fútil.
A exclusão social dos familiares envolvidos na trama, com relação ao escravo Pedro, O Demônio Familiar, não aparece. Era como se não existisse. Não é à-toa que foi classificada como uma comédia de revista. Os patrões do moço serviçal Pedro, e os amigos desses (patronos), toleravam de muito boa vontade, suas manipulações, sem sequer uma simples admoestação mais severa.
Na peça O Demônio Familiar, o moço Pedro convive com todos e suas amizades, como se fosse um membro da família, fazendo e acontecendo, no papel de servo.

16 de mai. de 2010

Mãos de cavalo, de Daniel Galera (Cia das Letras)

Saiu na Imprensa:Correio Braziliense  /
Rito de passagem Sem abandonar as referências pop que permeiam sua geração, o gaúcho Daniel Galera mostra extraordinário domínio narrativo em Mãos de cavalo – uma reflexão sobre autoconhecimento e independência Tiago Faria .Parece inevitável (e deliciosa) a comparação com o mais antigo dos ritos de passagem enfrentados por bandas de rock. Alistado a uma grande gravadora - ou melhor, a editora Companhia das Letras -, o gaúcho Daniel Galera chega, aos 26 anos de idade, no momento em que definições rasteiras criadas para ele deixam de fazer muito sentido. Em que dar passos adiante não se faz apenas necessidade, mas questão de sobrevivência. Antes, estávamos diante do inquieto "blogueiro", do típico representante da "geração internet", do agitador da literatura jovem que fizera barulho ao publicar dois livros por conta própria (a coletânea de contos Dentes guardados, de 2001, e o romance Até o dia em que o cão morreu, de 2003, que irá ao cinema sob direção de Beto Brant). Esses e outros rótulos desabam diante do rigor explicitado em Mãos de cavalo. Na transição para esse tal de mainstream, o autor não aceita mais simplificações que caibam em adjetivos como "juvenil" ou "renovador". A estação que Galera transmite lança sons dissonantes capazes de confirmá-lo como uma genuína revelação literária. Em um primeiro momento, o livro alterna essas duas histórias - a do garoto e a do homem - como se elas corressem de forma independente uma da outra. Em um pólo, estão as aventuras do adolescente às voltas com jogos de futebol, festinhas e conversas aparentemente descompromissadas com colegas. No outro, uma jornada existencial de um homem que, apesar da aparência de uma vida estável, descobre-se preso a uma antiga indefinição de identidade. É do jogo entre esses dois tempos que Galera ergue uma reflexão firme sobre autoconhecimento e independência. O escritor não precisa roubar os lugares-comuns dos textos orgulhosamente apressados que viraram praxe na internet - ele mesmo vê a realidade de uma forma picotada, como uma série de eventos fragmentados e "janelas" que se abrem para flashes de memórias, sonhos e divagações. Impressiona que, para buscar esse lugar particular no mundo, o escritor tenha rejeitado formas fáceis de chamar atenção. Sem pretensão alguma de soar transgressor - pelo contrário, ele se assume como um conservador - e com um texto enxuto que praticamente anula o ritmo feérico que virou chavão em textos de internet, Galera frustra os vícios do leitor à espera de choque rápido. Com parágrafos longuíssimos e descrições obsessivas de tão detalhadas, o primeiro capítulo do livro nos obriga a acompanhar com lupa o trajeto de um menino em uma "Caloi Cross aro 20 com freio de pé", que desbrava sem medo o ambiente familiar da Esplanada, loteamento residencial em Porto Alegre. No capítulo seguinte, esse menino retomará como Hermano, um cirurgião plástico bem de vida, casado e com filha. Às 6h08 da manhã, esse homem deixará a casa e seguirá "on the road" com o objetivo de escalar um cerro boliviano. Mas a viagem do livro é interna, feita quase que inteiramente por um embate com lembranças, pela tentativa de entendimento com opções e crises do passado.

CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS LITERÁRIAS


  • romantismo
 Linguagem subjetiva , popular, informal .
Individualismo (egocentrismo).
Liberdade de criação: inspiração nacionalista e indianista.
Natureza dinâmica
Predomínio do sentimento sobre a razão
Espiritualismo e fé crista (religiosidade)
 Lirismo.

  • Realismo e naturalismo (2a metade do sec.XIX)
 Prosa realista e naturalista:
Busca da verdade sensível
Tendência à observação
Objetivismo, ausência de idealização
Sensorialismo e sensualismo
Busca do rigor lógico
Predomínio da análise (psicológica ou social) sobre a ação
Análise fiel da motivação dos personagens, mesmo em seus aspectos negativos
Lentidão narrativa e descritiva.  

Características específicas do Naturalismo:
Cientificismo
Animalização do homem
Visão radicalmente determinista
Interesse pelas classes baixas
Amoralismo: tudo deve figurar na arte, independente de avaliações morais.
Gosto pelo patológico no plano físico (doenças, deformações), psicológico (taras) e social (Marginalizados).

  • parnasianismo (2a metade do sec.XIX)
Reação ao sentimentalismo exagerado dos românticos
Tendências clássicas ( volta à cultura greco-latina )
Desejo de contenção emocional: impassividade e objetividade
Poesia descritiva de fatos históricos, fenômenos naturais e objetos artísticos
Culto da forma: não há arte sem beleza e perfeição formal (métrica regular / rimas ricas e preciosas / vocabulário cuidado / versos perfeitos .

  • Simbolismo  (final do sec. XIX )
Buscando uma forma nova, capaz de sugerir o mundo vago do inconsciente e a inquietação metafísica, os simbolistas realizaram uma renovação da linguagem poética, percebida em suas características.  Que são:
Ênfase na sugestão e não na descrição
Expressão indireta através de metáforas e símbolos.
Exploração das correspondências entre a realidade sensível e a realidade espiritual e emotiva.
Mistura de sensações (sinestesia).
Aproximação entre poesia e música.
Renovação do vocabulário poético
Ânsia de ascensão espiritual
Reação ao materialismo do estilo anterior.

11 de mai. de 2010

Livros para vestibular UFG-2011


A Pró-reitoria de Graduação (Prograd/UFG) divulgou a lista de obras literárias que serão utilizadas pela banca de Língua Portuguesa para desenvolvimento das provas do vestibular 2011. Confira abaixo a lista dos livros:

  • Livro dos homens, de Ronaldo Correia de Brito (Editora Cosac & Naify)
  • I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias (L&PM)
  • Mãos de cavalo, de Daniel Galera (Cia das Letras)
  • Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida (Diversas
  • Editoras)
  • O demônio familiar, de José de Alencar (Diversas Editoras)
  • Minigrafias, de Luís Araújo (Cânone Editorial)
Verifique se as obras aqui indicadas encontram-se disponíveis na Biblioteca Digital de Domínio Público - www.dominiopublico.gov.br


9 de mai. de 2010

Trovadorismo

Contexto histórico : Feudalismo, período negro da humanidade, teocentrismo.
Duas espécies de produção literária : cantigas lírico-amorosas(de amor e de amigo) e    satíricas (de escárnio e maldizer)
Cantigas de amor       
compostas por um trovador ;eu-lírico masculino; fala à uma mulher nobre, geralmente casada;omissão do nome da amada;linguagem formal, ausência de paralelismo;idealização amorosa;ambientação  urbana-aristocrática

Cantigas de amigo
composta por um trovador;eu-lírico feminino;elogios ao homem amado nos aspectos físicos, econômicos e morais; os homenageados eram cavaleiros medievais que saiam em combate; o amado é comparado a elementos naturais;Há idealização amorosa; paralelismo, musicalidade; linguagem informal;ambientação popular rural ou urbana;

Cantiga de escárnio
critica indireta, sutileza, presença de ironia, não há citação de nomes , nem expressões vulgares.
Cantigas de maldizer
crítica direta, cita nomes,uso de palavrões.

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